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HISTÓRICO DE PRIMAVERA DE RONDÔNIA
A história do Município está ligada aos “Projetos Integrados de Colonização”, que incentivavam a ocupação do já integrado Oeste Brasileiro, para expansão da fronteira agrícola .
Em meados do ano de 1972, no estado de Rondônia, ocorreu uma grande concentração espontânea de imigrantes, o que ocasionou diversos litígios pela posse da terra e ações de empresas particulares de Colonização. Para resolver a situação, o INCRA criou, em 16 de junho de 1972, o PIC Gy-Paraná (Projeto Integrado de Colonização Ji-Paraná). Implantado efetivamente em julho de 1972 na área considerada indispensável a segurança para o desenvolvimento nacional pelo decreto lei 1164 de 01/04/1971, este projeto integrado de colonização era composto por cinco setores; Ji-Paraná; Abaitará; Rolim De Moura; Prosperidade E Tatu.
Os Projetos Integrados de Colonização eram projetos nos quais o INCRA assumia responsabilidade de implantação da organização territorial, da infraestrutura, de administração; realizava o assentamento e titulava os beneficiários, promovia a assistência técnica, o ensino, a saúde e a previdência social, a habitação rural, a empresa cooperativa, o crédito e a comercialização.
Na década de 80 o atual território de Primavera de Rondônia fazia parte do Município de Pimenta Bueno. Neste local havia sido constituído um “Núcleo Urbano de Apoio Rural”, conhecido como “Primavera”, como parte do Projeto Integrado de Colonização “Abaitará”.
Os Projetos Integrados de Colonização, PIC, concediam aos colonos lotes de 50 a 100 hectares, com assistência técnica rural, além de abertura de estradas vicinais e coletoras. Havia também os Projetos de Assentamento Dirigido, PAD, com lotes de 100 a 250 hectares, caracterizavam-se pela interferência parcial do governo e contemplavam a pequenos e médios empresários rurais. Além dos projetos de assentamento dirigido e os de colonização, o INCRA criou quatro projetos fundiários com jurisdição em todo o Território Federal de Rondônia, onde desenvolveu ações de regularização fundiária e ordenou a ocupação das áreas não incluídas nos PAD e nos PIC. Surgiam então os Projetos fundiários de Jaru/Ouro Preto, Guajará Mirim, Alto Madeira e Corumbiara. Este último possui lotes onde se encontram marcos que fazem parte dos limites de perímetro urbano do município.
Em 1989 já tramitava na Assembleia Legislativa de Rondônia o projeto de emancipação política do atual município, porém com o nome de Apidiá, nome indígena do Rio Pimenta Bueno, uma vez que já existiam outros municípios no Brasil denominados “Primavera”. A primeira tentativa não foi bem sucedida, já que não havia um número mínimo de eleitores no referendo da proposta de emancipação. As lideranças locais mantiveram o interesse no projeto de emancipação política, mas com o nome de “Primavera de Rondônia”, conseguindo este feito com a Lei n° 569 de 22 de junho de 1994, assinada pelo Governador Oswaldo Piana Filho.
Atualmente, além da sede do Município, existe a Vila de Querência do Norte que fica a 25 Km da sede, e os aglomerados do “Assentamento Manoel Cardoso, do Assentamento Marcos Freire e o da Linha 50.
Fontes:
BERTONI, Valter Nichio; HISTÓRICO DO MUNICIPIO DE PRIMAVERA; Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=110147; Acesso em 05 de setembro de 2013.
DA CUNHA, Eliaquim; OS PROJETOS DE COLONIZAÇÃO EM RONDÔNIA; ISSN 1982-9108, VOL. 16, JANEIRO/JUNHO, ANO XIII, 201; Disponível em:< http://www.albertolinscaldas.unir.br/eliaquimdacunha_vol_16.html>; Acesso em 05 de setembro de 2013.
LIMA, Abnael Machado de. Terras de Rondônia: ASPECTOS FÍSICOS E HUMANOS DO ESTADO DE RONDÔNIA. Porto Velho. Off-7 Edição Gráfica Ltda., 1997.
PROCÓPIO, Argemiro. AMAZÔNIA: ECOLOGIA E DEGRADAÇÃO. São Paulo. Ed. Alfa-Ômega, 1992.